Capital de Giro: O Grande Vilão no Acesso a Capital

Investimento em capital de giro deve ser uma ação estratégica, pois assegura que as operações da empresa continuem funcionando de forma sustentável.

É comum, quando pensa na abertura de uma nova empresa, o empreendedor levar em consideração, intuitivamente, o investimento físico, como terrenos, máquinas, equipamentos e matérias primas, mais visíveis a “olho nu”. No entanto, o investimento em capital de giro, embora não tenha a presença física, é fator primordial para assegurar a operação da empresa. Infelizmente, o empreendedor brasileiro nunca foi educado para visualizar o capital de giro.

Capital de giro é o recurso necessário para sustentar as operações do dia a dia da empresa, referindo-se a todo o seu ciclo operacional, desde a compra de matéria prima até a venda e o recebimento do pagamento dos produtos/ serviços vendidos. É ferramenta fundamental para a tomada de decisão.

Ao desconsiderar o capital de giro previsto no investimento inicial e não adotar um planejamento financeiro adequado, o empreendedor, no decorrer do tempo, acaba recorrendo ao auxílio dos bancos para acessar crédito e financiar a operação.

Pena, que na maioria das vezes, ele busca este auxílio quando está em situação emergencial, aumentando o risco perante aos bancos e negociando em situações extremamente desfavoráveis. O resultado não é novidade para ninguém: a capitalização desordenada da empresa traz um alto custo de endividamento e compromete sua saúde financeira no médio e longo prazo.

Tal situação é a responsável pela quase totalidade dos casos em que o empreendedor fica extremamente vulnerável aos bancos. Daí a expressão, normalmente utilizada: “a empresa paga para trabalhar para o banco”. O que não é necessariamente uma verdade.

Esta análise da necessidade do capital de giro não é vista no Balanço Patrimonial e DRE – Demonstrativo de Resultados-, mas sim através do fluxo de caixa. Por isso, há empresas que “quebram” com lucro e sem caixa, e empresas que não “quebram” com prejuízo, pois têm caixa.

Controles e processos financeiros adequados, conhecimento do fluxo de caixa e do ciclo financeiro (tempo entre o pagamento a fornecedores e o recebimento das vendas) são fundamentais. Na Endeavor, avaliamos imediatamente o gestor financeiro do empreendedor. Sabemos de sua importância, pois normalmente o empreendedor não gosta de planilhas financeiras. Deveria!

Uma empresa bem administrada passa necessariamente por uma excelente administração do capital de giro. Conhecê-lo (bem) é o primeiro passo na hora de acessar capital.

O autor Marcelo Guimarães é Gestor de Serviços a Empreendedores na Endeavor Brasil.

Fontes:
Texto: endeavor.org.br
(Por Marcelo Guimarães)
Foto: Divulgação

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